É preciso reverter a situação. É preciso fazer algo para que nossa profissão seja respeitada. Dados são dados. Pesquisas são pesquisas. Mas não é "normal", nós professores, concordamos com com tantas questões sobre nossa profissão. Não acredito no vandalismo para marcar o "território". Acredito em trabalho. Todas as vezes que o professor argumentar sua prática pedagógica com base nas questões profissionais, ficará claro para quem quiser ver ou ouvir que é possível fazer uma educação pública de qualidade com excelentes profissionais.
Desmoralizaram os professores
Apenas 2% dos estudantes do ensino médio querem ser professores --esse índice se aproxima de zero quando computados os alunos de maior aquisitivo, que estudam em escolas privadas. Esse fato mostra que a profissão de professor está em baixa, diria até desmoralizada.
Há dados ainda piores no relatório sobre a atratividade da carreira de professor que a Fundação Victor Civita encomendou à Fundação Carlos Chagas --o relatório pode ser lido no www.catracalivre.com.br.
O pior dos dados: os futuros professores são recrutados entre os alunos com as piores notas, sendo que quase 90% são de escolas públicas. Portanto, o curso de licenciatura e pedagogia é, para muitos, a opção de quem não tem opção. O resto é apenas consequência.
Considero a profissão de professor a mais nobre que existe. Mais nobre, por exemplo, do que a medicina --afinal, sem professor ninguém chegaria a uma faculdade de medicina. Não é compatível, portanto, um projeto de nação civilizada com a categoria de professor desmoralizada.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
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