Ontem o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem sobre as mudanças na progressão continuada. Para 2012 os alunos poderão ser reprovados, ou os professores poderão reprovar (entenda como achar melhor), nos 3º, 6º e 9º anos do ensino fundamental. Atualmente os alunos só podem ser reprovados no 5º e no 9º ano do ensino fundamental e boa parte da população entende que o não aprendizado dos alunos se dá pelo sistema de aprovação.
Gostaria de entender o que de fato vai mudar no aprendizado dos alunos: será que retornaremos aquela questão de que “escola boa é a que reprova”?
Penso que a qualidade da educação está muito além da reprovação. Precisamos pensar em como o aprendizado está acontecendo dentro das instituições e com ele: as reuniões pedagógicas semanais, os acompanhamentos/contribuições dos coordenadores pedagógicos, o planejamento do projeto pedagógico, a atuação entre o que se fala e o que se faz, o planejamento das intervenções, a avaliação no processo, o replanejamento…
Uma “coisa” é a sociedade/população entender que a “culpa” da qualidade da educação está na progressão continuada. Outra “coisa” são profissionais da educação entenderem que “fazer igual só que diferente” vai proporcionar uma educação de qualidade aos alunos.
Será que a reprovação no 3º ano,pensando no ensino fundamental I, caracteriza avaliação no processo?
ResponderExcluirDébora Martins
Apesar da necessidade de uma discussão mais ampla em relação a essa mudança, acredito que deva ser levada em consideração que as escolas necessitam de uma articulação melhor estruturada para garantir a qualidade de ensino que os nossos alunos tanto necessitam. A aprovação/ reprovação é a consequencia de uma série de eventos que deveriam ser melhor definidos pela Secretaria da Educação e melhor estruturados pelas Diretorias de Ensino e , por consequencia, pelas escolas. Acredito que a avaliação e os ajustes que se farão necessários devam ser focados dentro do ciclo, e não daqui a 2 ou 3 anos. Entendo que a progressão parcial atenderia melhor a avaliação de todo um processo realizado durante o ano letivo, pois quando não se alcança êxito no processo de ensino/aprendizagem (entendendo que o trabalho pedagógico para resgatar as retonada da aprendizagem do aluno foi bem estruturada)o trabalho a ser realizado novamente será a de apenas 1 ano, e não o de 2 ou 3, como ocorre atualmente. Evidentemente que as escolas deverão estar muito bem preparadas para atender esses alunos em situação de PP, tanto quanto os demais alunos, de forma multidisciplinar e sistêmcia.
ResponderExcluirMário,
ResponderExcluirO ciclo compreende um período pré estabelecido que provavelmente compreende 2 ou 3 anos: o aluno terá um período para alcançar os objetivos planejados. Caso o aluno não tenha êxito poderá frequentar novamente o ano.
Concordo quando você aponta que a articulação entre os envolvidos facilitaria os bons resultados.
Quando o trabalho pedagógico bem estrutura não proporcionou o êxito no aprendizado,penso que retomar não seria o caminho. É preciso pensar em novas situações de aprendizagem para que a oportunidade dada ao aluno de cursar novamente aquele ano seja de fato eficaz.
Abraços
Débora Martins
Oi Débora!
ResponderExcluirEntra e sai administração e cada uma quer dizer que fez o melhor!
No entanto, o melhor para os alunos e a escola, só quem está dentro e participa do processo é que sabe! Enfim, sem bons educadores e um currículo que atenda as necessidades da comunidade não adianta ciclo nem progressão, não achas? O que precisa, realmente a meu ver é mais condições de trabalhos, salas menos lotadas e professores preparados para planejar, acompanhar e avaliar os alunos continuadamente.
Duvido que um trabalho nesses moldes haja reprovação!
Josete
http://teofilopreservamata.blogspot.com
Concordo com você Josete. É preciso olhar a educação e tudo que a acompanha dentro da realidade das escolas.
ResponderExcluirAssim a educação será de fato de qualidade.
Débora Martins
http://educacaolivreparapensar.blogspot.com