Semana de muitas reflexões: escola que queremos, trabalho "de fato" coletivo, repensar a prática pedagógica, ações individuais, olhar para a própria prática, entender que coletivo é muito mais que o grupo em que você está inserido...
Quando as inquietações tomam conta incansavelmente dos meus pensamentos, recorro aos poemas, poesias, leitura para voltar ao eixo e Cecília Meireles (1961), em Cecília de Bolso, encaixou como uma luva:
Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem
Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem
e que amanhã recomeçarei a aprender.
Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinza efêmera:
todos os dias reconstruo minha edificações, em sonho
[eternas.
Esta frágil escola que somos, levanto-a com paciência
dos alicerces às torres, sabendo que é trabalho sem termo.
E do alto avisto os que folgam e assaltam, donos de
[risos e pedras.
Cada um de nós tem sua verdade, pela qual deve morrer.
De um lugar que não se alcança, e que é, no entanto,
[claro,
minha verdade, sem troca, sem equivalência nem
[desengano
permanece constante, obrigatória, livre:
enquanto aprendo, desaprendendo e torno a reaprender.
>> Cecília Meireles - Cecília de Bolso: uma antologia poética - L&PM Pocket - 2010
A Imagem Para viagem longa: jato de Luciana Trocolli retrata (no meu olhar) a necessidade de repensar, desaprender, reaprender, viajar e retomar numa velocidade significativa.
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