Largando as amarras – Parte 2: Até para deixar o serviço público a burocracia reina
Um pouco de Max Gehringer:
Qual a melhor opção:a empresa privada ou o funcionalismo público?
Bom, o melhor mesmo seria a forma híbrida, ser um empregado estabilizado em um sistema que premiasse o mérito individual. Sem a intenção de aumentar a crueldade de sua dúvida, eu lhe diria que qualquer que seja a sua opção, você irá se arrepender dela em algum momento. Se você continuar na empresa privada, há uma boa chance, de num período de 10 anos, você ficar desempregado. Esse é o lado inglório da vida corporativa. Bons funcionários também são despedidos. Ou porque a empresa foi comprada por outra, ou porque pessoas são substituídas por equipamentos, ou porque a empresa passa por um mau momento e é obrigada a reduzir custos. Quando isso acontecer, você certamente dirá que ter optado pela iniciativa privada foi um erro.
Mas, se você optar pelo serviço público, o ritmo de sua carreira irá mudar. A começar pelo fato de que aumentos salariais não contemplam o mérito de cada um, mas toda uma categoria, e mesmo assim, se houver recursos previstos em orçamento. Um dia, inevitavelmente, você começará a pensar que estaria ganhando mais, que teria tido mais chances de ascensão, se tivesse continuado na empresa privada.
A minha sugestão é a seguinte: faça um orçamento pessoal considerando como base o primeiro salário que você iria receber no serviço público, e sem qualquer reajuste, pelos próximos 10 anos. Se você acredita que poderá equacionar seus gastos dentro desse parâmetro financeiro, opte pelo serviço público. Caso contrário, continue onde você está.
Não existe uma regra clara para definir o que é mais importante na vida profissional. Se ter estabilidade e salário fixo, ou se correr riscos e ter um salário que tanto pode ser grande, quanto pode ser zero. Essa é uma decisão que compete a cada um.
Max Gehringer, para CBN.
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