O texto de Max Gehringer ilustra parte de minha decisão profissional.
Ufa!! Largando as amarras…
"Estou em dúvida quanto a tentar uma carreira na iniciativa privada ou no serviço público", escreve um ouvinte. "Gostaria de saber as vantagens e desvantagens de cada opção."
Começando pela vantagem mais óbvia, o serviço público oferece estabilidade. Nele, o nosso ouvinte nunca precisará se preocupar com uma assombração chamada desemprego. Na iniciativa privada, o contrato de trabalho permite que a relação seja interrompida a qualquer momento, tanto pelo empregador quanto pelo empregado, e sem que qualquer das partes precise, obrigatoriamente, oferecer uma justificativa para esse rompimento.
Já no tocante ao trabalho em si, a grande diferença está na concorrência. Na iniciativa privada, uma empresa precisa ser melhor que outras que atuam no mesmo setor. Precisa gerar resultados positivos para continuar investindo e crescendo. Essa concorrência externa gera uma forte concorrência interna, que resulta na premiação e na ascensão dos mais competentes, e na exclusão dos que não conseguem atingir objetivos. Isso resulta em muita pressão e não raramente, pode resultar em estresse físico e emocional.
No serviço público, essa competição feroz não existe. Promoções e reajustes são decididos em escalões que estão muito acima dos chefes diretos. Quando algo é feito em benefício do funcionalismo, toda uma categoria é contemplada, sem levar em conta os resultados individuais. Isso significa que um funcionário público tremendamente eficiente, não receberá uma premiação adicional por um desempenho acima da média, como acontece na empresa privada.
Por falta de concorrência, o serviço público caminha num ritmo mais lento. Mas essa é uma generalização perversa, que não pode ser aplicada a cada funcionário individualmente. Há profissionais extremamente competentes atuando na área pública, que fariam sucesso na iniciativa privada. O que não existe no serviço público é o estímulo imediato, para quem busca uma ascensão em curto prazo.
Eu sugiro que o nosso ouvinte avalie a decisão que irá tomar, da seguinte maneira: se ele tivesse um dinheiro para investir, ele aplicaria tudo na bolsa de valores ou tudo na caderneta de poupança? A primeira opção implica em correr riscos, a segunda leva em conta a segurança. O investimento que ele considerar o melhor para o seu dinheiro, pode ser estendido também, à sua vida profissional.
Max Gehringer, para CBN.
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