Débora Martins Machado
Outro dia levei minha filha no aniversário de um “amiguinho”. Sim. Quando seu filho ou filha começa a relacionar-se com os “amiguinhos” esses programas começam a fazer parte da vida familiar e é bom lembrar que com os “amiguinhos” vem também suas famílias e a diversidade de valores.Enquanto minha filha brincava com os “amiguinhos” nos brinquedos do Buffet, fiquei acompanhada de outras mães que como todas as outras mães do universo falavam de seus filhos: “meu filho não come beterraba”, “ o meu filho toma mamadeira”, “minha “FILHA” (essa sou eu) é estabanada”, “o meu filho usa chupeta”. Enfim, não vou relatar toda conversa...
Entre uma fala e outra surge o assunto: festa de aniversário. Algumas mães começaram a contar em alto e bom tom todos os buffets que já haviam frequentado e os orçamentos que já haviam realizado para a comemoração de 2010. Percebi que os valores em reais(R$) eram importantes para algumas mães... “deixavam claro”.
Fiquei observando toda aquela conversa e pensando: Que valores essas famílias estão apresentando aos filhos? E ao mesmo tempo pensando: Minha filha faz parte desse grupo de “amiguinhos” e das “famílias” dos amiguinhos.
Por incrível que pareça não apresentei minha opinião. Fiquei atônita frente a tanta ostentação. Sem hipocrisia, já fiz festa de aniversário com um investimento financeiro gigantesco, mas também já propiciei momentos de comemoração na escola com esses mesmos “amiguinhos” e ela ficou numa felicidade indescritível.
Hoje é a festa de aniversário no Buffet “top” da região, amanhã o triciclo motorizado, depois o carro do ano... E o respeito com o outro? E o respeito com tudo que acontece nesse mundo? E o respeito com a diversidade?
O que mais me preocupa é que minha filha seja uma menina que respeite as diferenças e viva intensamente as pequenas coisas da vida que estão ficando distantes das famílias por um investimento constante das mídias e por falta de identidade das famílias.
Está na hora de observarmos o que realmente deixam nossos filhos felizes...
Como diria Içami Tiba: “Na teoria tudo é possível, as hipóteses são verdadeiras e os sonhos são realizáveis. É a prática que viabiliza os sonhos.”
Clique aqui para salvar o artigo.
Gostei Débora.
ResponderExcluirRealmente as pessoas não dão muita atenção aos verdadeiros valores e sim aos materiais ou aqueles que satisfazem o ego ( o meu é melhor ), sua publicação mostra o que realmente tem importância, que é a humildade.
Parabêns.
Viste o meu blog tambem:
www.vivaaventuraverde.blogspot.com
ASS: Roger (marido da Déborinha)
Oi Débora,
ResponderExcluirGostei muito do texto e entendo, como filha, que se cada pai e mãe se preocupar verdadeiramente em educar seus filhos com amor, honestidade e respeito ao outro, o efeito multiplicador desses valores poderá levar muitas pessoas a se preocuparem mais com os seus semelhantes e, principalmente, com a sua família.
Enfim, quero comentar que acredito na capacidade do ser humano de se transformar num cidadão cada vez melhor. Muitos que leram este texto irão refletir e, talvez, aproveitem a oportunidade para trabalhar esses valores éticos com seus filhos após ter vivenciado situações como a descrita. Parabéns pela atitude!
Saudades!
Beijos, Rafa.
De, infelizmente participamos destas famílias cujos assuntos só são futilidades. Tem muita gente assim viu? até bem pertinho de nós!!
ResponderExcluirRealmente os valores já se perderam...penso tb muito por sinal, que exemplos morais e éticos os pais estão dando para os filhos? Está aí a chave de toda esta bagunça e que vemos diariamente na TV... filhos de classe baixa, média, média alta, alta!
Tentamos na escola semear algo... mas está muuuuito difícil pois as famílias já estão contaminadas com a "indisciplina familiar". É uma pena!
Uma coisa eu digo: Plante...faça a sua parte... dê exemplos de carinho, de respeito, de esperança, de fé... dê limites, coloque para pensar, diga NÃO!!
"Bons filhos têm sonhos ou disciplina, filhos brilhantes têm sonhos e disciplina". ( Augusto Cury)
Beijos sempre carinhosos
Raissa
Pois é, este é o nosso universo. Também, como mãe e professora me preocupo com vários valores e princípios. Temos que fazer nossa parte: apresentar as possibilidades, as causas e consequências para que no futuro, nossas crianças, tenham autonomia e consigam realizar escolhas coerentes. Mas, é claro que nós enquanto adultos somos de fato os seus exemplos.
ResponderExcluir