A síndrome do pequeno poder
por Débora Martins
Convivi por algum tempo com uma pessoa que dizia o seguinte: “É a síndrome do pequeno poder”. Ou então: “Tem a síndrome do pequeno poder”.
Ao meu olhar, a síndrome do pequeno poder é aquela que a pessoa, por ter adquirido um novo cargo ou por ter recebido a designação para realizar apenas um evento, usa do poder para beneficiar uns e prejudicar outros. Entendem?
Exemplos são o que não faltam...
• Morador de condomínio que se torna o sindico e resolve colocar ordem na "casa" reformando apenas o piso do hall do seu andar...
• Frentista de posto de gasolina que recebe a função de gerente por alguns dias e resolve não emitir cupons fiscais aos clientes
• Funcionários de repartições sociais que são designados por sua chefia a organizar um único evento a diretoria executiva e resolvem beneficiarem pessoas que não fazem parte da equipe de trabalho... os vulgos “queridos”, “namorados”, “irmãos”, “os interessados em trabalharem na empresa”... Do tipo dois pesos e duas medidas.
• Funcionário de empresas que se tornam gerentes e proíbem os seus funcionários de conversarem com ex-funcionários...
Ética? Trabalho? Que moral tem pessoas incoerentes?
Em diversas mídias lemos, ouvimos e vemos que é preciso dar continuidade ao trabalho independente da origem. Lindo, não?
É, a síndrome do pequeno poder já está tomando conta de muitos. Cuidado! Para a síndrome do pequeno poder não há remédio e nem tratamento espiritual que dê conta.
Lembrando: o que fica é o seu trabalho e não o seu “jeitinho” de resolver algumas questões.
Eu acho que você chegou no ponto certo. É nisso que o político bem intencionado acaba se rendendo à corrupção. Que pessoas que podem ser consideradas com idoniedade moral acabam por juntar-se a outras pessoas que visualizam oportunidades para sobrepor-se ao outro , que boas intenções acabam por transformar-se em golpe perfeito.
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