Quiçá todos pensassem assim...
Boa Leitura!
Débora
Não sou nem PT nem PSDB
Gilberto Dimenstein
Como venho recebendo críticas de petistas me acusando de tucano e de tucanos me chamando de petista, fiz uma enquete irônica aqui para que se resolvessem sobre, afinal, a quem eu seria subordinado. A resposta certa: nem PT nem PSDB. Ou, talvez, PT e PSDB. Nem Dilma nem Serra ou, talvez, Dilma e Serra.
O que faço é o óbvio: apontar erros e acertos dos governantes, independentemente de partidos ou ideologias.
Gosto, especialmente, de mostrar soluções, venham de onde venham. Ser independente é poder igualmente criticar e mostrar acertos. Um acerto é tão notícia quanto erro. O essencial é medir seu impacto. Será que é tão difícil assim entender algo tão simples?
Aprecio tanto descobrir soluções que, nas minhas horas vagas, meu divertimento é ser voluntário em projetos sociais. Faço isso sem nenhum esforço ou abnegação. É puro prazer.
Adoro dar aulas de comunicação para jovens de Paraisópolis ou Heliópolis. Ou participar das ações do meu bairro (Vila Madalena) ajudando voluntariamente a Cidade Escola Aprendiz, da qual sou fundador. Simplesmente adoro viver num bairro pintado por seus habitantes (aqui surgiu a onda do grafite) e onde a comunidade ajuda os estudantes das escolas públicas. Posso gostar de professores que pedem melhores condições de trabalho e fazem greve. Mas não quando um sindicato ataca o mérito e defende o absenteísmo.
Posso achar muito ruim o resultado da educação do PSDB depois de tantos anos no poder. Mas vou aplaudir quando os bons professores são premiados por seu esforço.
Se o jornalismo me faz cético às vezes, quem sabe, cínico, a educação me faz otimista.
Para mim, o jornalismo é, em essência, uma forma de educar. Por isso, caro leitor, um dia eu posso ser PT se eles fizeram coisas interessantes e, pelo mesmo motivo, posso ser, no dia seguinte, PSDB ou DEM.
Fonte: Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por contribuir com esse espaço de informação.