domingo, 28 de fevereiro de 2010

Inclusão - Mary Frizanco e Márcia Honora

Entrevista com Mary Frizanco e Márcia Honora, editoras da revista Ciranda da Inclusão

15 de fevereiro de 2010 - Mary é pedagoga, psicopedagoga e sicopedagoga de Educação Especial. Márcia é fonoaudióloga e mestre em Educação. Juntas, elas são responsáveis pela revista Ciranda da Inclusão, um veículo especializado na área de educação inclusiva. No estúdio da Eldorado elas falaram como é possível colocar esse assunto em prática na sala de aula.
OUÇA AQUI A ENTREVISTA

Acessem também:
Ciranda da Inclusão

Derrubando Barreiras - Acesso para todos

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Professores de Castigo

Já sabemos que algo precisa ser feito pela educação pública. Será que nossa categoria está realmente discutindo a educação pública de qualidade?
Compartilho a reportagem da Revista Época de 21/02/2010

Professores de castigo


Como a cidade de Nova York e seu secretário de Educação, Joel Klein, lidam com maus professores – que, por lei, não podem ser demitidos
Camila Guimarães

O que fazer com professores incompetentes a quem a lei garante estabilidade de emprego? Esse é um problema enfrentado por quase todos os sistemas de ensino público, incluindo o brasileiro. A cidade de Nova York, cuja rede de ensino é a maior dos Estados Unidos (são 1,1 milhão de estudantes e 80 mil professores), adotou uma solução drástica: colocar os maus professores de castigo. Quase 700 deles são pagos para não dar aulas. Eles passam os dias de trabalho confinados em salas vazias, dentro de complexos chamados de Centros de Recolocação Temporária. Esses centros existem há anos para afastar professores suspeitos de alcoolismo, agressão física contra alunos e assédio moral ou sexual. Desde 2002, o governo municipal usa o mesmo sistema para afastar também os incompetentes. E agora começa a colher resultados.
As salas desses centros foram apelidadas de rubber rooms (quartos “emborrachados”, em referência a quartos de hospício). Não são exatamente locais aconchegantes. Tirando as carteiras típicas, nada lembra uma sala de aula. Não há livros, mapas pendurados na parede nem computadores. Algumas nem sequer têm janelas. Os professores são vigiados por dois seguranças e dois supervisores da Secretaria de Educação, têm horário para chegar e ir embora (o período corresponde ao dia de trabalho normal, das 8 às 15 horas) e não podem acessar a internet nem falar ao celular. Em resumo, fazem quase nada o dia inteiro. E isso pode durar anos. Quando um professor é denunciado pelo diretor da escola, é afastado imediatamente. Em seguida, um árbitro indicado pelo sindicato dos professores começa a investigar s se a acusação procede. Em caso positivo, o profissional é demitido. Em caso negativo, ele é reintegrado. Mas, por exigência do sindicato, os árbitros só trabalham nos casos cinco dias por mês. Isso faz com que, na média, cada investigação demore três anos para ser concluída.
As salas de castigo estão longe de ser uma solução ideal. Primeiro, porque são caras: enquanto estão no limbo, os professores continuam a receber seus salários e a contar tempo de serviço para garantir benefícios, como aposentadoria. Hoje, a cidade de Nova York gasta cerca de US$ 50 milhões por ano com os integrantes dos centros. Além disso, elas suscitam reclamações de professores que se sentem injustiçados. Em dezembro, um grupo deles entrou com um processo contra a prefeitura, alegando que o secretário municipal de Educação, Joel Klein, tem como objetivo “acabar com o direito à estabilidade de emprego”. Ao fazer de seu cotidiano profissional algo “insuportável” e “humilhante”, ele estaria forçando professores a pedir demissão.
Klein afirma que as salas de castigo funcionam principalmente para evitar que professores incompetentes deem aulas. Em Nova York, o contrato que rege as leis trabalhistas dos professores – inclusive a que determina o castigo remunerado – é assinado com o poderoso sindicato dos professores. Para a prefeitura, o prejuízo dos centros é considerado menor perto da alternativa, que seria deixar professores ruins influenciar milhares de crianças. “É o único jeito de mantê-los afastados da responsabilidade de educar crianças e jovens”, diz Ann Forte, porta-voz da Secretaria de Educação de Nova York.
A solução, radical, é explicada pela dificuldade das autoridades de educação de mexer com direitos adquiridos dos professores. O Estado de São Paulo, por exemplo, decidiu implantar um sistema de meritocracia, mas enfrenta ações judiciais do sindicato dos professores. O plano é mais suave que as salas de castigo. Em vez de punir maus professores, trata-se de premiar os melhores. A cada ano, o Estado aplicará uma prova para diretores, professores, coordenadores e supervisores. Os 20% mais bem avaliados receberão aumentos de 25% do salário. Os dois sindicatos mais representativos dos professores dizem que esse tipo de promoção fere a isonomia de classe.
“Não é incomum aparecer conflitos entre os direitos legais dos funcionários públicos e o direito da criança ao acesso à boa educação”, diz Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, uma organização voltada para a melhora da educação no Brasil. Achar o equilíbrio entre esses dois pontos vem sendo a principal estratégia de Klein, que há sete anos deu início a uma radical reforma no sistema público de ensino da cidade. Seu lema: os pilares de qualquer ensino público – estabilidade de emprego, promoção por tempo de serviço e um sistema de remuneração hierárquico – beneficiam mais os funcionários e os políticos de plantão do que os alunos. Com isso, ele bateu de frente com uma classe de profissionais que não está acostumada a ser avaliada e cobrada. “No geral, professores não admitem que precisam de ajuda”, diz Patrícia Motta Guedes, pesquisadora do Instituto Fernand Braudel.
A principal medida de Klein foi dar mais autonomia aos diretores de escolas. Antes, eles não podiam contratar ou demitir sua própria equipe. Os professores é que escolhiam onde lecionar, de acordo com o tempo de serviço. Hoje, os diretores têm liberdade de contratação, gerência sobre o orçamento da escola e autonomia para decidir, por exemplo, pagar um salário maior para um professor que tenha melhor desempenho. Eles só não podem, ainda, demitir professores estáveis.
Junto com a autonomia, veio a cobrança. Assim que assume uma escola, o diretor assina um contrato dizendo quais são suas metas pedagógicas e orçamentárias. Se não cumpri-las no prazo determinado, é demitido, e a escola fecha. Desde 2002, 90 escolas desapareceram. A maioria dos diretores não aguentou. Cerca de 70% se aposentaram ou pediram demissão, de acordo com dados oficiais.
Embora ainda tenha muito trabalho pela frente, Klein conseguiu mostrar avanços no ensino. Entre 2005 e 2008, a taxa de conclusão do ensino médio aumentou de 47% para 61%. No mesmo período, a taxa de desistência caiu de 22% para 14%. Entre 2006 e 2009, a porcentagem de estudantes que atingiram os padrões adequados de aprendizagem para sua idade saltou de 57% para 82%, e a diferença entre o desempenho dos alunos negros em relação ao dos brancos diminuiu de 31% para 17%.
Além dos diretores, professores e alunos também passam por avaliações de desempenho periodicamente. As avaliações anuais, por um lado, determinam a demissão do diretor ou o afastamento de um professor. Por outro, são a base para o pagamento de bônus – em 2009 foram distribuídos US$ 5 milhões. O sistema pode até dar margem a alguns erros, mas em sua essência é muito simples: os professores que não ensinam são afastados, os que ensinam bem ganham bônus e são promovidos. Quem pode ser contra?

Fonte: Revista Época




domingo, 21 de fevereiro de 2010

Promoção por mérito

''Promoção por mérito valoriza docente''

Lisandra Paraguassú
Fernando Haddad: ministro da Educação.Para o ministro, além da formação de professores, os desafios do setor são o ensino médio e os projetos voltados à 1.ª infância

QUALIDADE - Haddad destaca avanço, mas admite que é preciso mais

No último ano do governo Lula, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reconhece que é preciso avançar em três questões na área educacional - ter um modelo de valorização do magistério, que inclua um debate sobre avaliação dos professores; melhorar a qualidade do ensino médio e integrar programas voltados à primeira infância, para atender crianças de até 3 anos. Em entrevista ao Estado, Haddad diz que esse último ponto foi tema de conversa com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para uma eventual agenda educacional pós-2010.

Um dos maiores gargalos da educação nos últimos anos é a qualidade. O que avançou?
Há dois indicadores que resumem a evolução da educação brasileira. Um deles é o atendimento (crianças matriculadas). Nós melhoramos. Do ponto de vista qualitativo, o indicador é o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Também houve evolução. É a primeira vez que acontece uma evolução quantitativa acompanhada da qualitativa. A expectativa é continuar evoluindo.

O que ainda é possível fazer no governo?
Da agenda anunciada em 2007, há uma promessa a cumprir, que é a prova nacional de admissão para professores. A formação de professores tem dois momentos delicados: o ingresso na licenciatura e na carreira. No que diz respeito às licenciaturas, o Brasil tomou uma decisão muito importante, que foi assumir a formação como política de Estado sem ônus para o professor. Ele não paga mais pela sua formação. No carreira, temos o piso nacional. Queremos estabelecer contrapartidas desse esforço: uma nota mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para a entrada nos cursos de licenciatura. E, para a entrada na carreira pública do magistério, queremos que Estados e municípios adotem a prova nacional de admissão.

E para o professor que já dá aula?
No início da gestão do ex-ministro Cristovam Buarque (hoje senador), ele propôs uma bolsa para os professores que passassem em uma prova nacional. Isso não foi adiante. Os poucos Estados que tentaram alguma coisa parecida ainda enfrentam resistência. No MEC nunca mais se tocou no assunto. Nós trocamos por outra abordagem: o professor precisa ser avaliado, mas também precisamos dar condições a ele para que volte a estudar. Então criamos a Plataforma Freire para oferecer cursos de formação inicial continuada em universidades públicas.

O senhor é a favor de avaliar e cobrar o desempenho do professor?
Sou favorável à promoção por mérito. Elaborar uma carreira que leve em consideração o mérito e negociar com a categoria como aferir isso de maneira a considerar o esforço do professor é louvável. Acho que não há resistência da categoria.

Normalmente há resistência.
Não há desde que você sente à mesa e negocie os critérios. Às vezes a categoria reage a uma prova única. É preciso considerar a atuação em sala de aula, pois muitas vezes o professor pode até ser bem-sucedido em uma prova e eventualmente malsucedido na sala de aula. A promoção por mérito, que também ocorre na universidade, não desmerece, pelo contrário, valoriza o profissional.

Há perspectiva de cobrar avaliação do professor que já dá aula?
Estamos, com Estados e municípios, exigindo o cumprimento de um dos termos do compromisso Todos pela Educação, que é a questão do estágio probatório. Não há ainda no País uma cultura de após três ou quatro anos da admissão, antes da efetivação do professor na carreira, fazer um balanço do desempenho para que ele se efetive. É meramente formal o procedimento, é quase um carimbo. Estamos procurando cobrar que observem essa diretriz do Plano de Desenvolvimento da Educação.

Outra área em que os avanços ficaram aquém do planejado foi o ensino médio. Como está sendo tratada essa questão?
Estendemos todos os programas de apoio para o ensino médio, que não contava com alimentação, transporte, livro didático, Bolsa-Família. Começamos a estruturar um currículo muito mais adequado do que se tem hoje. Queremos um conteúdo mais enxuto. Temos a expansão do ensino médio federal, a reestruturação do ensino médio estadual integrado à educação profissional. Isso não é pouca coisa. Tínhamos um ensino médio completamente capenga. Houve avanços e novos podem ser obtidos.

Ainda assim, o ensino médio tem resultados insatisfatórios.
Quando você tem o sistema de ensino que atende hoje uma parcela significativa da população, a onda da qualidade nem tem como não iniciar pelos primeiros anos do ensino fundamental, nem tem como você corrigir distorções históricas do ensino médio sem cuidar das gerações que estão ingressando agora no ciclo de alfabetização. Mas, se mantivermos esse passo nos anos iniciais, ele vai chegar ao ensino médio com a naturalidade que chegou nos países desenvolvidos.

O senhor tem participado de discussões sobre o plano de educação em um possível novo governo com a ministra Dilma Rousseff?
Tive com ela duas conversas a respeito de um assunto que é da maior importância: a questão do 0 a 3 anos. Quando aprovamos a ampliação da obrigatoriedade do ensino ficou essa questão por resolver. Ainda estamos com um atendimento muito baixo nessa faixa etária. Devemos fechar o governo com alguma coisa entre 21% e 22% de atendimento, contra 11% de 2002. Mesmo tendo dobrado, ainda estaremos em um patamar aquém das necessidades. Precisamos conceber um plano de atenção abrangente para a primeira infância. Que inclua assistência, saúde e educação. Estamos dando esse atendimento, mas de maneira desconexa: a saúde faz o trabalho dela; o desenvolvimento, o dele. Mas temos a oportunidade de fazer da mesma maneira como fizemos com o Bolsa-Família, de integrar todos os programas e universalizar.

Fonte: Jornal O Estado de S.Paulo

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Inicio do ano letivo

Finalmente o ano letivo escolar começou: professores, equipe gestora, equipe de apoio... todos animados. Quantas novidades!! Professores novos, professores que permanaceram na mesma escola por opção, outros por falta de opção, outros ainda por preferirem as certezas do que as incertezas.
  É muito bom ver tantos profissionais envolvidos com o planejamento, preocupados com os aluno, com os projetos, com os parceiros, enfim, com todas as possibilidades que todo inicio de ano proporciona.
 Um questionameto: o que será que acontece no decorrer do ano letivo?  Não sei explicar o que acontece... Os professores perdem aquele brilho do primeiro dia de trabalho. Parece até que são abduzidos pelo trabalho e tudo que acontece na rotina escolar.
  Vamos cuidar!!!Algo entre o "papel e a caneta" não está bacana.
Faça a sua parte.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Amo meu filho, mas ele terá de pagar

   Entre tantas preocupações que tenho como mãe, a que rodeia incansavelmente os meus pensamentos é: Quais valores quero que minha filha tenha frente aos acontecimentos do mundo?
   Quando li a reportagem que compatilho com vocês, fiquei pensando na situação desse pai ...
  Acredite: todo pai erra tentando acertar. Só que algumas ações dos pais não são tão bacanas... mas como saber???
"Amo meu filho, mas ele terá de pagar"

Coronel da PM é um exemplo do drama dos pais que dão tudo aos filhos e sofrem ao vê-los cometer crimes
Maurício Meireles
   Antes de sair de casa, no sábado à noite, Paulo Olímpio, de 28 anos, ouviu do pai o conselho de sempre: “Juízo”. No que dependesse do pai, que é coronel da PM, Olímpio seria oficial da Marinha. Mas o filho preferiu cursar a faculdade de gastronomia – e o pai aceitou pagar o curso. Até pouco tempo atrás, Olímpio recebia mesada. O pai o ajudou ainda a abrir um negócio, uma pequena empresa de fornecimento de refeições prontas, as quentinhas. Na noite do sábado, Olímpio encontrou os amigos Leonardo Gusmão Rodrigues, de 25 anos, e Glauco Telles Nunes, de 30, que é soldado da PM. Partiram juntos para o ensaio da escola de samba Grande Rio, na Lagoa Rodrigo de Freitas, área nobre da cidade. No carro – roubado –, havia duas pistolas calibre 380. Às 5h30, eles fecharam um carro, que acabou batendo num poste. Os três amigos se aproximaram do carro acidentado. Olímpio apontou a pistola para o motorista, disse ser da PM e exigiu o relógio e o cordão de ouro da vítima.
   De repente, perceberam que três policiais se aproximavam. Tentaram fugir, mas se renderam depois de ouvir um tiro de advertência. “Eles só queriam joias. Sei que eles estavam na mesma festa e me seguiram desde lá, porque disseram o nome de um amigo que estava no camarote”, afirma a vítima. Na delegacia, depois de ter sido acusado de receptação e tentativa de roubo qualificado, Olímpio imaginava a decepção que causaria ao pai. Nem sequer ligou para pedir ajuda. Dois casais assaltados na mesma noite reconheceram Olímpio e Glauco como os bandidos.
   O coronel Lopes soube da notícia de manhã, quando recebeu a ligação de um repórter. Foi quando viu desmoronar os planos que tinha para Olímpio. “Sempre avisei que, se um dia ele fosse preso, não era para me ligar. Eu o amo, mas ele vai ter de pagar por seus erros”, diz.
   Olímpio é mais um jovem que recebeu tudo dos pais, e mesmo assim se envolveu com o crime. Ainda visivelmente abalado, o coronel deu a seguinte entrevista a ÉPOCA.

   ENTREVISTA - PAULO LOPES
QUEM É: Coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, é pai de Paulo Olímpio Lopes, envolvido em assalto à mão armada na Zona Norte da cidade
  O QUE FEZ: Conhecido pelo rigor e pela disciplina, investigou e puniu casos de corrupção nos 14º e 15º batalhões da PM

ÉPOCA – Como foi a criação de Paulo Olímpio?
Coronel Paulo Lopes – Tive um relacionamento com a mãe dele de 1977 a 1985. Nós nos separamos quando o Paulo Olímpio ainda era criança. Ele foi criado dentro do padrão que meu salário na polícia permitia, um padrão de classe média. O desempenho escolar dele era ótimo. Quando tinha problemas na escola, sempre o alertava. Paguei curso preparatório para ele seguir carreira militar. Paguei duas vezes curso pré-vestibular. Estou certo de que ofereci toda a assistência material, intelectual e afetiva. Sempre fui um exemplo.

ÉPOCA – Um exemplo como?
Lopes – Sempre trabalhei na PM em prol do interesse da sociedade. A atividade policial deve preservar a sociedade, não pode ser exercida por marginais. Promovi a recuperação moral do 15º Batalhão. Cumpri meu dever, nunca fui leniente com o mal. Por isso, não serei leniente com meu filho.

ÉPOCA – Ele estava trabalhando?
Lopes – Sim. Descobri que tinha aptidão para cozinhar, por isso paguei a faculdade de gastronomia. Dei mesada a ele até o ano passado, quando terminou o curso e decidiu abrir um negócio de quentinhas, que ajudei a montar. Infelizmente, ele preferiu ouvir os apelos do mundo. Os filhos devem dar mais ouvidos às orientações dos pais. Eu o vejo neste momento como um coitado, digno de pena. Poderia estar desfrutando sua juventude, sua liberdade.

ÉPOCA – Ele recebia mesada?
Lopes – Pois é. Um dinheirinho que eu mandava todo mês. Quem é o pai que faz isso por um filho de 28 anos? Se errei, lamento. Mas errei tentando acertar, dar o melhor para meu filho. Se tivesse me ouvido, poderia ser um oficial da PM ou da Marinha. Ele poderia estar em uma situação mais cômoda. Antes desse episódio, minhas últimas palavras foram: “Deus te abençoe. Juízo”.

ÉPOCA – Como o senhor reagiu à notícia de que ele estava preso por assalto?
Lopes – Dói, mas só me resta lamentar. Tenho certeza de que cumpri meu papel. Se houve falha, foi dele. Mesmo assim, não o deixarei sem apoio. Um pai não pode abandonar seu filho. Claro que revolta, mas só quero o bem dele. Espero que reflita e faça uma mudança interior. Ele sabe o dano que me causou e a si mesmo. É um momento de reflexão.

ÉPOCA – O senhor está recebendo críticas de dentro da PM?
Lopes – As críticas que tenho recebido vêm de um segmento podre da PM. Eles me odeiam porque os puni quando cometeram transgressões. Cumpri meu dever e não me arrependo. Podem zombar, não estou nem aí. Ficarei firme como uma rocha. Eles se valem do anonimato porque são covardes. Os covardes morrem várias vezes antes da própria morte. Só os inescrupulosos podem ter uma postura crítica em relação a mim.

ÉPOCA – Que conselho daria aos pais?
Lopes – Quem sou eu para aconselhar se meu filho cometeu um crime? Meu conselho é para os filhos: deem ouvidos às instruções de seus pais, caso contrário vocês podem pagar um preço alto.

Fonte: Revista Época - fevereiro/2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Justiça muda critério de escolha de professor

Justiça muda critério de escolha de professor



   Docente de SP que já está no sistema passa a ter prioridade ante novatos, ainda que tenha tido nota inferior em exame feito em 2009.
   Existe o risco de as aulas atrasarem, caso a gestão José Serra (PSDB) não casse a decisão; liminar foi obtida por sindicato dos docentes.



FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
   A Justiça decidiu, de forma liminar (provisória), que os professores temporários que já atuavam na rede estadual de ensino terão prioridade na escolha de aulas, ainda que tenham tido notas inferiores em um exame realizado no final de 2009. O critério inicial era priorizar os que tiveram melhor desempenho na prova.
   A decisão, de primeira instância, foi tomada a pedido da Apeoesp (sindicato dos professores), na última segunda-feira, menos de dez dias antes do início do ano letivo (dia 18).
   O processo de atribuição de aulas começou na segunda e terminaria hoje. A Secretaria da Educação afirma que tenta derrubar a medida. Caso não consiga, o ano letivo na rede, de 5 milhões de alunos, irá atrasar, para refazer a distribuição.
   O imbróglio envolve cerca de 20 mil professores temporários (os que não têm estabilidade concedida em 2007 e os que nunca trabalharam na rede). A rede como um todo possui cerca de 200 mil docentes.
   O governo afirma que implementou o exame (de conhecimentos pedagógicos e específicos das matérias) para melhorar a seleção dos docentes temporários. Dos que já estavam no sistema, 40% foram reprovados no exame. Até 2009, a ordem de prioridade considerava tempo de serviço e diplomas.
   A Justiça, porém, acatou o pedido da Apeoesp, ligada à CUT. A entidade entende que os temporários que já trabalhavam na rede devem ter prioridade em relação aos novatos, ainda que tenham obtido notas menores na avaliação.
   A alegação é que a experiência deles deve ser considerada e, além disso, o exame privilegiou a parte teórica, o que prejudicou o docente da ativa, que teve pouco tempo para estudar.
   "Os professores que estavam na rede já ganharam no exame alguns pontos pela experiência. O critério pedido pela Apeoesp não garante que o melhor professor vá para a sala de aula", disse o secretário-adjunto de Educação, Guilherme Bueno.
   "Uma provinha não pode tirar aula do professor que tem vivência na rede", disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha. "Em vez de concurso público, fazem uma provinha. Que prioridade é essa?"

Outros problemas
   A seleção de professores temporários tem causado transtornos há mais de um ano. Uma avaliação chegou a ser implementada para o ano letivo de 2009. O exame, porém, foi considerado inválido pela Justiça, que entendeu não haver base legal para a avaliação.
   A decisão exigiu mudança na seleção, que estava em andamento. O início do ano letivo foi adiado em cinco dias.
   Depois, o governo conseguiu aprovar projeto na Assembleia. A gestão, porém, teve de alterar os critérios anunciados. Como a reprovação foi alta, a pasta admite usar docentes abaixo da média. O Executivo diz que trabalha para diminuir o número de temporários (que fica perto dos 100 mil), por meio de concursos. Há um processo em trâmite com 10 mil vagas.

Fonte:Folha de S.Paulo

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Como (não) formar leitor

Como (não) formar leitor

Por que o brasileiro só lê um livro por ano, enquanto o americano e o europeu leem sete, oito vezes mais? Por que existem no país mais de 70 milhões de pessoas que não leem? Há várias respostas para explicar o fenômeno: baixo nível cultural de um povo com 21 milhões de analfabetos, poder aquisitivo insuficiente, falta de hábito, concorrência da televisão e da internet. Esta semana tomei conhecimento de outro fator, que é mais grave do que os outros, pois deveria ser instrumento de atração de leitores e é, ao contrário, de afastamento. Refiro-me ao aprendizado da leitura nas escolas de nível médio.
Um amigo, pai de um aluno do segundo ano, adolescente, mandou-me uma lista dos livros que o filho deverá ler neste semestre. Quem sabe eu não teria um ou outro para emprestar? Não vou citar a relação completa para não entediá-los. Eis alguns: "Senhora" e "Iracema", de José de Alencar; "O cortiço", de Aluisio de Azevedo; "Memórias de um sargento de milícias", de Manoel Antonio de Almeida; "Recordações do escrivão Isaías Caminha", de Lima Barreto; "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis; "Memórias sentimentais de João Miramar", de Oswald de Andrade (esqueci de perguntar se o curso era de memorialística).
Não vou entrar no mérito de uma seleção que mistura um clássico como "Brás Cubas" com obras de discutível qualidade estética ou literariamente datadas, como "Senhora" e "Iracema". O que eu me pergunto é se a melhor maneira de iniciar um jovem na leitura é forçando-o, por exemplo, a digerir a história de amor da índiazinha virgem dos cabelos negros, se hoje até o ministro Edison Lobão tem os seus "mais negros do que a asa da graúna".
Experimente tirar seu filho da frente do computador oferecendo-lhe um texto assim: "Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do guará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste. A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome." Antes que me acusem de desprezar estilos e valores de época, esclareço que implico é com essa maneira inadequada de se levar um aluno de 15, 16 anos ao prazer da leitura. Comigo, no ginásio, me fizeram odiar os Lusíadas ao me obrigarem a "análises lógicas" em que eu deveria procurar o sujeito oculto de uma frase, como se fosse um detetive. Só mais tarde, na faculdade, e graças à professora Cleonice Berardinelli, descobri a beleza que havia no magistral épico de Camões. Para o gosto de um jovem de hoje, diante de tantos apelos audiovisuais, não seria mais palatável, como começo de conversa, um Rubem Braga ou um Fernando Sabino?

Zuenir Ventura é jornalista e escritor , colunista do jornal O Globo e da revista Época

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Programas infantis de TV vão reforçar aulas


Programas infantis de TV vão reforçar aulas
EVANDRO SPINELLI
da Folha de S.Paulo

Júlio tem oito anos e vai ensinar as crianças a ler, escrever e contar. Terá a ajuda do cavalo Alípio, da vaca Mimosa e das galinhas Zazá, Lola e Lilica.
A partir de março, os personagens do programa infantil Cocoricó vão entrar nas salas de aula da rede municipal de ensino de São Paulo em vídeos e cadernos de atividades.
A turma do Cocoricó e personagens de outros programas da TV Cultura foram escalados para a tarefa de reforçar a qualidade do ensino de língua portuguesa e matemática de cerca de 500 mil crianças dos nove anos do ensino fundamental.


O projeto é uma parceria entre a prefeitura e a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura. Foram criados exercícios complementares à atividade didática, algumas acompanhadas de vídeos. "X-Tudo" e o "Sr. Brasil" Rolando Boldrin, por exemplo, estão na lista. São mais de 60 vídeos.
Mas o que mais chama atenção é mesmo o Cocoricó, que será usado nas atividades até o terceiro ano. Os filmes selecionados para as salas de aula foram gravados antes do encerramento do contrato com a equipe de produção do Cocoricó. A TV Cultura informou que o programa voltará a ser produzido no segundo semestre.
Na primeira aula de matemática para o primeiro ano, Júlio conhece o menino Lucas, que conta tudo o que vê pela frente (carros, pessoas, andares de prédios). E, como uma brincadeira, os dois vão contando de trás para a frente, de frente para trás, de dois em dois, e a criançada vai aprendendo a sequência dos números e tendo noções de ordem de grandeza.
"Foi o vídeo que eu mais gostei", afirmou o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider. É um episódio de cinco minutos feito especialmente para o projeto. Mas muita coisa foi aproveitada do próprio acervo da TV Cultura, sempre seguindo a grade curricular da rede municipal.
"Todo o material foi pensado levando em conta as dificuldades detectadas nas provas de avaliação", disse Fernando Almeida, vice-presidente da Fundação Padre Anchieta e secretário de Educação no início da gestão Marta Suplicy (PT).
O material está sendo impresso e será distribuído em março para ser usado pelo menos duas vezes por semana em salas de aula. Nos livros dos professores os DVDs virão encartados e poderão ser exibidos nas salas de aula ou de leitura.
O material será atualizado anualmente, com a participação dos professores que trocarão informações por meio de um portal. E, para 2011, Schneider e Almeida já pensam em materiais também de ciências, inglês, história e geografia.
O projeto pode ser estendido para outros cidades e Estados, mas o material feito para São Paulo deve continuar de uso exclusivo. "Tem muitos exemplos de São Paulo: o Ibirapuera, o trânsito, as ruas. Não dá pra usar isso em outro lugar", afirmou Almeida.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Sugestão de leitura para reunião com pais

Nunca tivemos crianças tão maravilhosamente tiranas quanto hoje

Içami Tiba

Em uma de minhas palestras, uma senhora me perguntou o que fazer com uma criança que não a obedecia, fazia somente o queria, bagunçava a casa e a colocava louca, desvairada. Então, lhe perguntei quantos anos a criança tinha. "Dois", respondeu-me rapidamente e, em seguida, sorriu.

Ela, uma mulher bem apessoada, culta e dinâmica, deve ter caído em si sobre o absurdo da situação que estava vivendo. Para não privatizar, perguntei ao público: "quem já passou por uma situação parecida com essa?". Muitas mulheres se manifestaram.

Narrei então, esta cena: Estava eu numa fila para pagar o estacionamento num shopping e na minha frente, uma jovem segurava no colo uma criança que vazava pelos seus braços, em direção ao piso. O "vazava" significa: um braço, uma perna ou a cabeça sempre escapava do abraço de contenção. Era a cena de uma mãe que prendia no colo uma criança queria ir ao solo.

Estava no guichê somente uma pessoa que não conseguia vencer o grande afluxo, e a fila ia aumentando rapidamente. De repente, a criança, que devia ter uns dois ou três anos conseguiu escapar e começou a correr, dando gargalhadas, em direção à rua. A mãe entrou em pânico. Queria correr atrás, mas não podia perder o lugar na fila. Pediu que eu lhe guardasse o lugar. Concordei na hora, pois estava interessadíssimo em saber como iria acabar essa situação.

A mãe, a grandes passos, corria falando forte com a filha: "Pára! Pára! Você vai ver quando eu lhe pegar!" E a menina olhava para trás e corria para frente com aquela corrida de criança, divertindo-se. A mãe demonstrava estar furiosa, como se fosse pegá-la aos sopapos.

Perguntei ao público o que cada mãe faria naquela situação. Ouvi desde apertões, beliscões, castigos, tapão e conselhos até pô-la sentada num banquinho em casa para refletir. E todos queriam saber o que aquela mãe fez...

Continuei: Quando ela alcançou a criança, pegou-a pela cintura e a levantou, fazendo-lhe festa, dizendo: Eu te peguei! Te peguei!, como se estivesse brincando de pega-pega.

Brincando de desobedecer
Cheguei à conclusão que essa mãe não cumpriu o que prometeu. Ela mesma se desautorizou perante a criança. Não foi a criança que a desobedeceu. A própria mãe não obedeceu às suas ameaças. A criança estava simplesmente se divertindo, brincando de pega-pega com ela. Porque ela sabia que sua mãe faria aquela festa que fez quando a pegasse. Não deve ter sido a primeira vez que isso aconteceu.

Quem dá ordens tem que exigir que se cumpra e não transformar a ordem em uma brincadeira. Um policial se lança ferozmente a uma perseguição ao ladrão. Quando o alcança, diz que estava brincando de pega-pega? Quando é que o ladrão vai respeitar esse policial? Com certeza, nunca!

Falei para aquela senhora da pergunta inicial: "Com certeza a sua filha de dois anos já entendeu que a fala, ameaça, bronca e tudo o que vem da mãe não deve ser respeitado, pois tudo vira brincadeira, vira zona total e nada acontece a ela".

As crianças de hoje são mais espertas que de épocas passadas devido à quantidade e qualidade de estímulos que recebem. Não deixam de perceber que suas mães passam duas mensagens contraditórias ao mesmo tempo - estão lhes dando bronca, mas gostariam mesmo é de ficar brincando com elas - ou mesmo que qualquer birra já faz com que desista da bronca. Assim, as maravilhosas crianças acabam sendo transformadas em tiranas...

Fonte: Revista Viva São Paulo – outubro/2008

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Formação de Docentes

Curso: "Desafios pós-modernos na perspectiva da garantia de educação de qualidade para todos


A caracterização da escola com suas inúmeras demandas e processos contraditórios, em uma sociedade marcada pelas rápidas e permanentes mudanças e que ainda apresenta resíduos dos princípios da escola moderna, estão sendo conteúdos importantes no processo de reflexão do papel do professor contemporâneo. O presente curso busca, ao refletir a ação docente, propor alternativa teórica e prática que respondam a novas demandas sócias educativas imposta pelo atual contexto sócio- cultural.

Acesse: http://www.formacaodedocentes.com.br/

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

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"Um dos principais problemas da escola é a relação professor-aluno. Como o professor pode cuidar dos problemas de indisciplina, falta de respeito e motivação dos alunos com a mesma atenção que se dedica ao ensino dos conteúdos escolares ?"


Essa foi  uma das questões dissertativas do Processo de Promoção do Quadro do Magistério do Governo do Estado. Deixe o seu comentário e/ou dê sua opinião.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Desmoralizaram os professores

   É preciso reverter a situação. É preciso fazer algo para que nossa profissão seja respeitada. Dados são dados. Pesquisas são pesquisas. Mas não é "normal", nós professores, concordamos com com tantas questões sobre nossa profissão.  Não acredito no vandalismo para marcar o "território".  Acredito em trabalho. Todas as vezes que o professor argumentar sua prática pedagógica com base nas questões profissionais, ficará claro para quem quiser ver ou ouvir que é possível fazer uma educação pública de qualidade com excelentes profissionais.


Desmoralizaram os professores

   Apenas 2% dos estudantes do ensino médio querem ser professores --esse índice se aproxima de zero quando computados os alunos de maior aquisitivo, que estudam em escolas privadas. Esse fato mostra que a profissão de professor está em baixa, diria até desmoralizada.
   Há dados ainda piores no relatório sobre a atratividade da carreira de professor que a Fundação Victor Civita encomendou à Fundação Carlos Chagas --o relatório pode ser lido no www.catracalivre.com.br.
   O pior dos dados: os futuros professores são recrutados entre os alunos com as piores notas, sendo que quase 90% são de escolas públicas. Portanto, o curso de licenciatura e pedagogia é, para muitos, a opção de quem não tem opção. O resto é apenas consequência.
   Considero a profissão de professor a mais nobre que existe. Mais nobre, por exemplo, do que a medicina --afinal, sem professor ninguém chegaria a uma faculdade de medicina. Não é compatível, portanto, um projeto de nação civilizada com a categoria de professor desmoralizada.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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