Durante a semana li o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932) e compartilho um trecho com todos:
Certo, um educador pode bem ser um filósofo e deve ter a sua filosofia de
educação; mas, trabalhando cientificamente nesse terreno, ele deve estar tão
interessado na determinação dos fins de educação, quanto também dos meios de
realizá-los. O físico e o químico não terão necessidade de saber o que está e se passa
além da janela do seu laboratório. Mas o educador, como o sociólogo, tem
necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa; as alturas e as profundidades da
vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio visual; ele deve
ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas fases, para
perceber, além do aparente e do efêmero, "o jogo poderoso das grandes leis que
dominam a evolução social", e a posição que tem a escola, e a função que representa,na diversidade e pluralidade das forças sociais que cooperam na obra da civilização.
Se têm essa cultura geral, que lhe permite organizar uma doutrina de vida e ampliar o
seu horizonte mental, poderá ver o problema educacional em conjunto, de um ponto
de vista mais largo, para subordinar o problema pedagógico ou dos métodos ao
problema filosófico ou dos fins da educação; se tem um espírito científico, empregará
os métodos comuns a todo gênero de investigação científica, podendo recorrer a
técnicas mais ou menos elaboradas e dominar a situação, realizando experiências e
medindo os resultados de toda e qualquer modificação nos processos e nas técnicas,
que se desenvolveram sob o impulso dos trabalhos científicos na administração dos
serviços escolares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por contribuir com esse espaço de informação.